segunda-feira, 21 de abril de 2008

Soneto de Amor - XLVI

Das estrelas que admirei,
molhadas
por rios e rocios diferentes,
eu não escolhi senão
a que eu amava
e desde então durmo
com a noite.

Da onda, uma onda e outra
onda,
verde mar, verde frio, ramo
verde,
eu não escolhi senão
uma só onda:
a onda indivisível
de teu corpo.

Todas as gotas, todas as
raízes,
todos os fios da luz vieram,
vieram-me ver tarde ou cedo.

Eu quis para mim tua cabeleira.
E de todos os dons de minha
pátria
só escolhi teu coração
selvagem.

Pablo Neruda

terça-feira, 15 de abril de 2008

Bendita tu Luz

Bendito el lugar y el motivo de estar ahí
Bendita la coincidencia
Bendito el reloj que nos puso puntual ahí
Bendita sea tu presencia
Bendito Dios por encontrarnos en el camino
Y de quitarme esta soledad de mi destino

Bendita la luz
Bendita la luz de tu mirada
Bendita la luz
Bendita la luz de tu mirada desde el alma

Benditos ojos que me esquivaban
simulaban desdén que me ignoraban
Y de repente sostienes la mirada(tarantintiriran)

Bendito Dios por encontranos en el camino
Y de quitarme esta soledad de mi destino

Bendita la luz
Bendita la luz de tu mirada
Bendita la luz
Bendita la luz de tu mirada

Gloria divina de esta suerte, del buen tino
Y de encontrarte justo ahi en medio del camino
Gloria al cielo de encontarte ahora, llevarte mi soledad
y coincidir en mi destino, en el mismo destino

Bendita la luz
Bendita la luz de tu mirada
Bendita la luz
Bendita la luz de tu mirada

Bendita mirada oh oh
Bendita mirada desde el alma
Tu mirada oh oh
Bendita bendita bendita mirada
Bendita tu alma y bendita tu luz
Tu mirada oh oh
Te digo es tan bendita tu luz, amor, amor
Tu mirada oh oh

Bendito el reloj y bendito el lugar
Benditos tus besos cerquita del mar
Tu mirada oh oh
Amor, amor, qué bendita tu mirada
Tu mirada amor

Maná
Composição: Fher Olvera

domingo, 13 de abril de 2008

A canoa fantástica

Pelas sombras temerosas
Onde vai esta canoa?
Vai tripulada ou perdida?
Vai ao certo ou vai à toa?

Semelha um tronco gigante
De palmeira, que s'escoa...
No dorso da correnteza,
Como bóia esta canoa!...

Mas não branqueja-lhe a vela!
N'água o remo não ressoa!
Serão fantasmas que descem
Na solitária canoa?

Que vulto é este sombrio
Gelado, imóvel, na proa?
Dir-se-ia o gênio das sombras
Do inferno sobre a canoa!...

Foi visão? Pobre criança!
À luz, que dos astros coa,
É teu, Maria, o cadáver,
Que desce nesta canoa?

Caída, pálida, branca!...
Não há quem dela se doa?!...
Vão-lhe os cabelos a rastos
Pela esteira da canoa!...

E as flores róseas dos golfos,
— Pobres flores da lagoa,
Enrolam-se em seus cabelos
E vão seguindo a canoa!...

Castro Alves

Caçada



Noite madrugada
Fina empolgada
Tudo procurava
Porém, grande gato
Tu me encontrara
Nas horas perdidas
Minha alma se abriu
Exalou inocência
Como açucena
Tirada pra dançar
Dança secreta do olhar
Imergi
Mar do eterno agora
Sorrisos
Silêncio

Caçador noturno
Predador carnivoro
Devorou meu cheiro
Saciou meu desejo
Rasgou o coração
Nossas peles alvas
Se uniram rubras
Teu gosto de terra
Invadiu meus sentidos
Ofegante
Perdi a visão...


Amanheço
terra
Respiro
desejo
Sem rumo
Sinto tua mão
- Vem, vamos sair! Ver o sol!